Professores estaduais aprovaram em assembleia geral, na manhã de ontem, paralisação das atividades letivas até sexta-feira. O encontro ocorreu na Praça da Matriz, em Porto Alegre, que fica em frente à Assembleia Legislativa gaúcha.

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Das 36 escolas que o Diário tentou contato, na tarde de ontem, somente o Cilon Rosa confirmou adesão à greve. Os colégios Augusto Ruschi e Paulo Lauda definiram que não participarão do movimento.
Outras 12 escolas informaram que os professores vão decidir em reunião, hoje, se aderem ou não à greve. E os demais 20 colégios não atenderam às ligações.
A diretora do Maria Rocha, Cleonice Dorneles Fialho, comentou que a escola ainda está em férias e que amanhã é o dia de retornar às aulas. Assim, os professores serão consultados sobre a greve
Veja abaixo a situação de cada escola*:
Aderiu à greve:
– Cilon Rosa
Não aderiram à greve
– Augusto Ruschi
– Paulo Lauda
Definem hoje se irão aderi à greve
– Princesa Isabel
– Celina de Moraes
– Paulo Freirez Olavo Bilac
– Reinaldo Fernando Coser
– Érico Veríssimo
– Rômulo Zanchi
– Irmão José Otão
– Walter Jobim
– Gomes Carneiro
– Luiz Guilherme do Prado Veppo
– Érico Veríssimo
Está em férias
– Maria Rocha
Não atenderam às ligações
– Manoel Ribas
– Cícero Barreto
– João Belém
– Marechal Rondon
– Marieta D¿Ambrósio
– Padre Caetano
– Arroio Grande
– Edna May Cardoso
– Tancredo Neves
– Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco
– Santa Martaz Margarida Lopes
– Coronel Pilar
– Naura Teixeira
– Dom Antônio Reis
– Arroio Grande
– Edson Figueiredo
– Almiro Beltrame
– Antônio Xavier da Rocha
– João Link Sobrinho
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A MOBILIZAÇÃO
O diretor de mobilização, Rafael Torres, diz que os representantes do 2º Núcleo Cpers, que abrange Santa Maria e cidades da região, vão passar nas escolas, hoje e amanhã, para conversar com os professores. Conforme Torres, é importante fortalecer a adesão ao movimento grevista, para mostrar dados relevantes na assembleia de sexta-feira. Ele explica que um dos motivos que levou a categoria à decisão da greve é o parcelamento de salários, que está no 20º mês consecutivo.
– A paralisação só vai ser encerrada depois que o governo estadual pagar nosso salário na integralidade. Se chegar sexta-feira e não tivermos isso, devemos continuar com a greve. Só que para isso, precisamos da força da categoria. Vamos explicar aos professores que o Sartori já está falando em terminar de pagar o salário de agosto apenas em setembro, atrasando duas folhas de pagamento – explica o diretor de mobilização.
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Na segunda-feira, o Estado depositou R$ 650 para cada matrícula, como a primeira parcela do salário referente ao mês de julho. No mesmo dia, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, informou que o Palácio Piratini decidiu não pagar a parcela da dívida com a União, de R$ 142 milhões, para ontem depositar mais R$ 450 nas contas dos servidores públicos estaduais. O dinheiro deve entrar na conta dos funcionários do Executivo até hoje.O Cpers/Sindicato definiu uma nova assembleia para esta sexta-feira, à tarde, também na Praça da Matriz, para fazer uma avaliação da greve e decidir se o movimento de paralisação seguirá.
Diretora do 2º Núcleo do Cpers diz que manifestação foi positiva
A diretora geral do 2º Núcleo Cpers, Sandra Regio, avalia que a mobilização em frente ao parlamento alcançou um de seus propósitos: a não apreciação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 256, 257 e 258, que fazem parte do pacote de ajuste fiscal proposto pelo Palácio Piratini. Sandra conta que os deputados estaduais optaram por não discutir essas PECs na sessão plenária de ontem, e acredita que a decisão seja um reflexo da manifestação dos professores em frente à Assembleia.
ESTADO
O coordenador adjunto da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Alaor Baptista Chagas, diz que foi convocado, junto ao coordenador do órgão, Jose Luís Eggres, para comparecer à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) hoje. Alaor comenta que a convocação foi realizada antes da greve ser aprovada pelos professores, mas acredita que o Estado passe orientações em relação ao assunto.
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O adjunto salienta que a 8ª CRE respeita os direitos da categoria, mas também zela pelos direitos dos alunos, e pede compreensão dos professores, pois a situação financeira do governo estadual está difícil.Às 17h55min de ontem, o governo do Estado emitiu uma nota oficial. No texto, o Executivo reforçou que tenta contornar os problemas das finanças e mandou um recado direto aos responsáveis pelos estudantes:
– Aos pais dos alunos da rede pública estadual, o governo do Estado garante que adotará todas as medidas que possam minimizar os prejuízos na qualidade de ensino.